Te observava de longe, acho que você nem notava, éramos novos para pensar nisso tudo, te tratava como um ser inferior, bem quem nunca fez isso, você me tratava como se não nos conhecêssemos. Nos conhecíamos, mas parecíamos estranhos nas próprias presenças, era algo tão superficial. Mas aí crescemos, lábios ganharam corres, cabelos novos cortes, rostos novos traços, talvez precisamos voltar as apresentações, devemos ter mudado muito. Até que um dia peguei você me observando, que pena que não sei encarar, mas não entende o motivo, me diziam ser curiosidade, mas de que? Me perguntava sozinha. Odiava não ter respostas. Aquelas quais nem você poderia responder. Você era muito inesperado, nem seus olhos diziam a verdade, em você meu cérebro preferia desacreditar, mas sabe aquela velha ilusão de heart to heart, as vezes até funciona, contudo acho melhor não te olhar, vai que isso acontece e sua curiosidade se repete. Me disseram que isso era gostar, bem da minha parte acho impossível, ou talvez apenas um jeito de deixar minha vida como estar, as vezes você é monótono e já fico na monotonia, não preciso de ajuda para isso. Droga você me deixa confusa, vou desistir de entender, talvez assim facilite a minha falta de interesse em você.


Texto inspirado no item 132 do Projeto 642 coisas sobre as quais escrever.

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